"No dia 03/10/2006 num daqueles programas da manhã da SIC ou TVI esteve como convidado um senhor, humilde, a contar uma história que ultrapassa a compreensão:
Faz três anos ficou COMPLETAMENTE CEGO fazendo uns trabalhos de soldadura. Fartou-se de ir a os médicos do serviço nacional de saúde, médicos e mais médicos, horas e horas de espera para as consultas, etc. Os médicos tinham dito que o caso não tinha cura, e que só poderia ser observado para obter ALGUMA MELHORA em Cuba ou Espanha.
Resumindo: ele é pobre, e o nosso serviço nacional de saúde não se preocupou em canalizar o homem para ser visto no estrangeiro (é um direito consagrado). Ele queria suicidar-se, já não queria mais viver assim. Por coisas da vida, seu filho é casado com uma UCRANIANA, (um país pobre?) e ela através de familiares na UCRANIA tentou levar o sogro por CONTA DELES PROPRIOS para ver se poderia haver esperança.
CONCLUSÃO:
Ele chegou à UCRANIA de manhã e foi levado de IMEDIATO para o serviço médico para dar entrada NESSE MESMO DIA. Às duas da tarde, fez uma cirurgia com LASER. ACONTECEU UM MILAGRE!!!
Quando ele acabou a sessão laser, JA ESTAVA A VER O MÉDICO.
MILAGRE?????? NÃOOOOOOOOOOOOOO!!! ISTO CHAMA-SE MEDICINA E TECNOLOGIA!!!
EM PORTUGAL O DESGRAÇADO NUNCA MAIS RECUPERARIA A VISÃO! TRES ANOS CEGO E RECUPEROU A VISTA EM MINUTOS!!!!! O homem chorava ao contar isto (ele chegou de lá faz um mês) MAIS, O MELHOR É QUE NÃO PAGARAM NADA........ N.A.D.A!
SÓ pagou as gotas que têm que deitar nos olhos! O homem ainda falou no Ministério da Saúde Português, mais foi deitar água num cesto...
Que vergonha este nosso serviço nacional de saúde!!!"
No passado dia 14 de Novembro de 2006, terça-feira, fui à consulta de Dermatologia, no Hospital Curry Cabral, onde fui “vista” pela primeira vez pela Dra. Gabriela Pinto. No inicio da consulta, e quando, mal entrei no gabinete/consultório, me disse com enorme antipatia e alguma agressividade “já estava à espera de outro doente que tinha chamado” ao mesmo tempo, e que já me tinha chamado mais vezes, sem ninguém a ter avisado da minha presença no Hospital, (facto para o qual eu tinha perguntado no acto da inscrição se já tinham começado as consultas e me foi dito que ainda não, e eu informei, que assim sendo, ia comprar algo para comer, sem ter demorado. Já precavendo qualquer desencontro, solicitei a um funcionário de serviço do hospital, caso fosse chamada, para informar a Dra.Gabriela Pinto que eu estava no Hospital. Admitindo que a Dr.ª não fora informada, no entanto penso que nada justifica a agressividade verbal da Doutora.
A Drª Gabriela disse-me ainda que já me tinha passado para o final da consulta, e que eu nem deveria estar ali acompanhada pela minha filha de 5 anos. Refira-se que a minha filha só estava comigo porque nesse dia eu não tinha com que a deixar, porque o infantário que frequenta, estava fechado nesse dia por razões de falta de água. A Dr.ª justificou esse comentário pelo facto de, por ali (hospital) passarem pessoas com doenças infecto-contagiosas. Ora isto, também é válido para mim, que assim sendo, também estou a correr riscos de contrair algo durante esta consulta, quando a meu ver, deveria existir local próprio, de consultas ou rastreios, para este tipo de doenças. Mas se venho ao hospital é porque necessito, não por gosto.
Ora o que aconteceu, foi que já estava outro doente ao fundo da mesma sala à espera de ser observado pela Sra. Dra., estando nós separados apenas por uma cortina, que estava corrida, e onde do outro lado da cortina, estive eu, de pé, a falar e mostrar o que me tinha levado a esta consulta, que resultou na entrega de uma prescrição médica e que me foi dito que não era necessário marcar nova consulta.
Apesar da minha insatisfação, relativamente ao atendimento da Sra. Dra. Gabriela Pinto, marquei nova consulta, que ocorreu no passado dia 17 de Janeiro de 2007, quarta-feira, em que voltei a ser “observada”, pela segunda vez por esta Doutora. Desta vez , fui chamada uma só vez, mas logo repreendida pala Sra. Dra. Gabriela, que estava acompanhada por outra Sra. Doutora, facto que também não a impediu de ter sido desagradável para mim, começando logo por reclamar, dizendo-me que eu já tinha feito tardiamente a minha inscrição, quando esta ocorreu (+/-) às 12h42m, e que está de acordo, com o que vem escrito no impresso das marcações das consultas, que solicita “a comparência, de preferência, 30m antes da hora marcada para a consulta, ora se a hora estava marcada para as 13h00m, eu fiz a minha inscrição, confirmando a minha presença, atempadamente, e que a meu ver, não justifica a “má vontade” e o “frete”, que a Sra. Dra. Gabriela demonstra fazer, no curto espaço de tempo eu que eu sou “observada”.
Desta vez, fui eu que fiquei ao fundo da sala, porque também já tinha sido chamado outro doente, que foi encaminhado para o outro sítio, separados pela “tal” cortina, e onde me foi pedido para me despir, e onde também, desta vez, tive direito a uma marquesa, onde só me sentei, e tive, a breve, oportunidade de mostrar os motivos que me levaram até lá, ao que a Sra. Dra. diz estar tudo normal, (o que quer que isto queira dizer); (a observação foi toda ela de “fugida” porque a Sra.Dra. esteve sempre com pressa), consegui dizer nesta consulta, porque na 1ª fiquei enervada ao ponto de não me lembrar das coisas que queria falar e mostrar, e desta vez, disse que tanto o cabelo como as minhas unhas estão muito fracos e quebradiços; e “tentei” (porque a Sra. Dra. já tinha passado para o outro lado da cortina enquanto eu falava e me perguntava se eu necessitava dos mesmos medicamentos que me tinha prescrito aquando da 1ª consulta, ao que eu respondi que sim, e que me foi de imediato entregue a prescrição médica, já impressa) mostrar os meus sinais (peito e rosto) que têm aumentado de tamanho, ao que a Sra.Dra. disse serem normais, e que eu não sei o que isto quer dizer, “normal”???, estive +/- 8m, sensívelmente, desde as 13h55m, até às 14h04m, no gabinete/consultório, para falar e ser observada sem demoras.
Assim sendo, face ao exposto, a “postura” desta Sra. Doutora, a meu ver, é prejudicial aos seus doentes, no que se refere à sua estabilidade emocional e psicológica, uma vez que não apresenta condições, que apaziguem o estado dos doentes, e eu falo por mim, como é óbvio, em que o estado nervoso, muito conta para o meu bem-estar clínico.
Desta forma, perante a excepcionalidade do caso e das exigências de cuidados, e é triste de referir isto, mas também de educação, consideração e respeito pelo próximo, que esta posição de médico exige, solicitei por carta registada ao Director da Consulta de Dermatologia do Hospital, após ter registado no Livro de Reclamações o sucedido, que, face ao exposto, permitisse, a mudança de médico assistente. Estando convicta que, se me for autorizada essa alteração, a satisfação e estabilidade, será seguramente recuperada, uma vez que esta Instituição detém um vasto leque de profissionais qualificados, entre os quais, o facto de oferecer, uma linha de continuidade no acompanhamento psicológico dos doentes, em que promete assegurar uma informação geral que lhes garante a descoberta e o desenvolvimento dos seus interesses, promovendo a realização individual em harmonia com as melhoras e as curas das suas enfermidades, proporcionando-lhes a aquisição de noções das próprias doenças de que padecem, onde são criadas condições de promoção do sucesso da saúde dos seus pacientes; isto quando não os "mandam" embora do Hospital, em datas de renovações Contratuais, como já tive oportunidade de assistir.
...Enfim...eis como vai a saúde pública em Portugal...
2 comentários:
Olá cara amiga.
Ontem 22/04/2014, tinha consulta de dermatologia no Curry Cabral com "essa pessoa" a quem se refere. Digo "essa pessoa" porque ela não merece qualquer tipo de consideração ou reconhecimento.
A minha consulta estava marcada para as 16h. Acontece que por vários factores e por não conhecer bem aquela zona cheguei ligeiramente atrasado, seriam 16H15 penso. Na recepção pedi desculpa pelo atraso, inscrevi-me e foi-me dito com simpatia e educação que aguardasse na sal de espera, que dai a algum tempo seria chamado. Sentei-me e esperei.
Poucos minutos depois, conta que alguém estava aos gritos no hall da recepção, e a mandar vir com a menina que me recebeu. Como não costumo dar atenção a essas coisas, numa primeira fase não me apercebi do que se estava a passar mas, pouco depois comecei a ouvir as palavras "dessa pessoa". Dizia ela que estava desde as 3h horas, e que encerrava o serviço às 16h, e que agora o problema era delas, pois já não ia novamente ligar o sistema e que elas não tinham nada que ter aceite aquela inscriçao fora de horas (1 min. se tivermos em conta os 15 de tolerância). Um sem fim de agressividade e uma enorme falta de educação para com as funcionárias. Virou costas e saiu, arrogante e com ar de dona do mundo.
Levei algum tempo mas comecei a aperceber-me que aquilo se calhar era comigo. Dirigi-me então à recepcionista a quem perguntei se aquela sra era a Dra Gabriela com que era suposto ter consulta? Foi-me respondido afirmativamente.
Disse também que não gostei de facto da forma como ela as tratou e que se calhar o melhor que eu tinha a fazer era pedir o livro de reclamações, pois discordava completamente com o tudo o que tinha acabado de ouvir. As meninas pediram-me aparentemente a medo "daquela pessoa" que deixasse estar, e que não me preocupasse que iria ter consulta na mesma com outra Dra, o que veio a acontecer.
No final, de saída e satisfeito com a Sra Dra que me atendeu, ao efectuar o pagamento e quando ainda demonstrava alguma revolta pelo sucedido, foi-me dito de forma meiga e simpática que tinha ficado mais bem servido.
Cara amiga não me vou alongar, apenas dizer-lhe subscrevo todas as suas palavras em relação ao assunto. Aquela pessoa é uma vergonha para o sistema de saúde pública em Portugal.
Cara Moon,
tabém acabei de ter a interessante experiência de uma consulta com a médica em questão.
Como tenho alguma prática em lidar com pessoas assertivas e agressivas, não fui apanhada de surpresa e respondi-lhe da mesma moeda e cheguei mesmo a enfrentá-la, com a mesma agressividade, embora dentro dos parâmetros da boa educação.
Parece ter dado resultado. A senhora fez o seu trabalho, no final até respondeu às perguntas que lhe fiz e até já estava com outra postura. Digamos que acalmou o tom, mas nunca foi simpática, isso não.
Infelizmente não é o único caso de falta de humanidade que encontro num médico. Penso que estas pessoas não são felizes a fazer o que fazem E isso está errado. deve ir-se para medicina por vocação e não por status ou para procurar fortuna. Estes exemplares têm que ser enfrentados, confrontados, chamados à atenção.
Sem mais, Espero que esteja bem saúde.
Paula
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